20 de agosto de 2010

Inverno: Olhos ficam mais vulneráveis durante a estação


A estação de inverno começou e você precisa saber como cuidar dos seus olhos.
Dentre os fatores que estimulam a manifestação de doenças oculares nessa época do ano estão a queda de temperatura, a baixa umidade e o resfriamento do ar. Pessoas com alergias devem evitar o uso de cobertores que soltam pêlos. É recomendável também, antes da chegada do inverno, fazer a lavagem e a secagem ao sol de mantas, cobertores e blusas de lã guardadas por muito tempo. Para prevenir o surgimento da Síndrome do Olho Seco e das conjuntivites alérgicas, é preciso que as pessoas evitem o acúmulo de poeira em casa, durmam em locais arejados e umedecidos e evitem ambientes climatizados. Os usuários de lentes de contato, por exemplo, devem evitar o uso de lentes de alta hidratação, devem lubrificar, preventivamente, os olhos e devem redobrar os cuidados com a higiene palpebral.

Síndrome do Olho Seco

Sensação de estar com "areia nos olhos", peso nas pálpebras, olhos vermelhos, embaçamento da visão ao fazer algum tipo de esforço visual e sensibilidade à luz aumentada... Quem apresentar algum destes sintomas durante o inverno deve ficar atento e procurar um oftalmologista, pois pode estar sofrendo com a Síndrome do Olho Seco, que, na verdade, é uma deficiência na qualidade e/ou na quantidade de lágrima que o organismo produz.Este tipo de problema ocular é muito comum na estação mais fria do ano, mas, por ter causas multifatoriais, pode ser confundido com outros distúrbios como infecções ou alergias oculares.

No outono e no inverno, o clima seco e o aumento da poluição, ou seja, fatores ambientais são a maior causa do aparecimento do olho seco. A doença se manifesta mais facilmente devido à baixa umidade do ar, a ambientes com calefação e ao ar condicionado. Usuários de computadores que, em frente ao monitor, diminuem o reflexo do piscar também podem ser vítimas da doença. O uso inadequado de lentes de contato e algumas cirurgias oculares ou de pálpebra também podem causar a síndrome ou induzi-la, ainda que transitoriamente.

A Síndrome do Olho Seco não escolhe seus alvos por sexo. No entanto, as alterações hormonais femininas geradas na pós-menopausa podem ser desencadeantes do seu surgimento. Tabagismo e distúrbios alimentares também podem levar ao aparecimento do problema.Entretanto, pessoas com doenças inflamatórias como reumatismo, doenças hormonais como diabetes mellitus ou distúrbios da tireóide apresentam a Síndrome do Olho Seco com mais freqüência. Preventivamente, estes grupos devem procurar o oftalmologista, pelo menos uma vez por ano, para prevenir complicações.

A Síndrome do Olho Seco pode causar desde inflamação até a úlcera de córnea, além de infecções oportunistas, problemas que, em alguns casos - "ainda que muito raramente, podem levar a redução da visão.

Função das lágrimas

As lágrimas representam o mecanismo natural do organismo para proteger a superfície ocular contra infecções e efeitos maléficos da sujeira e da poeira. Elas ajudam a estabilizar a superfície corneana para que a visão permaneça clara e sem distorções.Uma produção adequada de lágrimas é importante para a manutenção da saúde, do conforto e da capacidade de controle de infecções do olho.Quando o organismo não produz lágrimas suficientes para realizar essas funções, é necessário usar colírios que ajudem a umidificação dos olhos.

A causa da Síndrome do Olho Seco é o fator determinante para definir o tratamento correto para cada caso, que poderá ser baseado em reposição ou conservação de lágrimas.O oftalmologista é o profissional adequado para detectar a causa da doença e orientar sobre o seu tratamento.A automedicação e o uso indiscriminado de colírios são prejudiciais e, normalmente, causam um agravamento do quadro clínico. O diagnóstico da Síndrome do Olho Seco é feito por meio da história clínica do paciente, pelo exame físico, pelo exame ocular cuidadoso e por provas clínicas da função lacrimal. O tratamento é paliativo. Nos casos de doenças sistêmicas, quando o problema é diagnosticado auxilia o tratamento da doença ocular.

Pode-se tratar o olho seco por meio de:

-uso de lubrificantes, preferencialmente sem conservantes;

-preservação da lágrima, por meio da higiene ocular e em ambientes úmidos;

-oclusão dos pontos lacrimais, com plugs definitivos ou provisórios;

-tarsorrafia, que é a diminuição palpebral cirúrgica;

-estimulação da produção lacrimal;

-antioxidantes, como o óleo de linhaça.

Conjuntivites alérgicas

No outono/inverno são comuns também as conjuntivites alérgicas.Deve-se, mais uma vez, tomar um cuidado especial com o tratamento das doenças sistêmicas, pois tratando da doença sistêmica, a manifestação ocular da doença será menos intensa.A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana delgada e transparente que reveste a parede do globo ocular e das pálpebras.Em geral, a doença acomete os dois olhos, perdura de uma semana a 15 dias, mas não costuma deixar seqüelas.
A doença, que incomoda e interfere na vida social do indivíduo tem como principais sintomas:

-Olhos vermelhos e lacrimejantes;
-Pálpebras inchadas;
-Sensação "de areia" ou de corpo estranho nos olhos;
-Secreção;
-Coceira.

Tipos de conjuntivite

A conjuntivite infecciosa pode ser causada por vírus, bactérias fungos ou protozoários. A conjuntivite não-infecciosa é provocada por agentes externos irritantes que podem dar origem à conjuntivite alérgica, química ou traumática.É oportuno esclarecer que somente o oftalmologista pode fazer o diagnóstico correto do tipo de conjuntivite de cada paciente antes de prescrever o tratamento adequado.

Automedicação não é uma solução mediável:ao suspeitar de conjuntivite,não deve-se sair por aí, comprando remédios indicados por amigos. A indicação de qualquer remédio só pode ser feita por um oftalmologista. Alguns colírios são altamente contra-indicados porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro de inflamação.
De uma maneira geral, quem está acometido pela conjuntivite deve redobrar os cuidados com a higiene dos olhos e das mãos. Lavar bem os olhos e fazer compressas com água gelada - que deve ser filtrada e fervida - ou com soro fisiológico ajudam a aliviar os incômodos causados pela doença. Se a pessoa acometida pela conjuntivite fizer uso de lentes de contato,o mais sensato é suspender o uso e utilizar os óculos até que a inflamação seja curada.

Uma vez diagnosticada a provável causa da conjuntivite, o oftalmologista pode prescrever o tratamento adequado. Se esta tiver origem bacteriana, utiliza-se a antibioticoterapia, se a causa for virótica, emprega-se o tratamento para alívio dos sintomas, bem como hábitos especiais de higiene, ajudando desta forma, a controlar o contágio e a evolução da doença.

Para prevenir a transmissão da conjuntivite, enquanto estiver doente, são recomendadas as seguintes precauções:

Lave com freqüência o rosto e as mãos uma vez que estas são meios importantes para a transmissão de microorganismos;

Aumente a freqüência de troca de toalhas ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;

Não compartilhe toalhas de rosto;

Troque as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise;

Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas e, ao usá-los não encoste o bico do frasco no olho;

Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite, ou se estiver usando colírios ou pomadas;

Não compartilhe o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;

Evite coçar os olhos para diminuir a irritação;

Evite aglomerações ou freqüentar piscinas de academias ou clubes;

Evite a exposição a agentes irritantes (fumaça) e/ou alérgenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.

FONTE: IMO

1 de agosto de 2010

Como é um exame oftalmológico

O oftalmologista é o médico que realiza diversos testes de visão e analisa os olhos para se certificar de que não haja problemas na retina ou na córnea. Em caso de deficiência visual, ele prescreve lentes corretivas e fornece as explicações necessárias.

A importância do exame oftalmológico:

O exame oftalmológico é uma avaliação dos olhos, pálpebras e vias lacrimais que tem particular importância em determinadas etapas da vida. Nos bebês deve-se verificar o clarão pupilar para identificar precocemente algum problema de visão. Já as crianças precisam fazer exames oftalmológicos com regularidade para detectar eventuais deficiências, que podem prejudicar o aprendizado escolar.

Outra etapa em que o exame se torna inevitável ocorre em torno dos 40 anos de idade. Com a passagem do tempo, percebemos falhas na visão para perto e os textos com letras pequenas ficam difíceis de serem lidos. São os sintomas da vista cansada (ou presbiopia), que pode ser corrigida com as modernas lentes Varilux, que oferecem características adequadas a cada situação, contribuindo para o aumento do conforto visual.

O exame oftalmológico de rotina deve abranger diversos itens. Em primeiro lugar, uma avaliação externa para verificação da normalidade das pálpebras e do segmento anterior do olho. Depois, o teste da refração – optometria - que dará o grau do paciente, permitindo verificar a gravidade da deficiência. Já o exame do fundo de olho serve para uma análise sumária da retina e do nervo óptico, encontrando alterações relacionadas com outras doenças, tais como diabetes, hipertensão artesanal.

Outro item imprescindível no exame oftalmológico é a tonometria (medida de pressão ocular). Hoje está provado que o maior fator de risco no desenvolvimento do glaucoma é a pressão ocular elevada, principalmente em pacientes que tenham antecedentes familiares da doença.

O glaucoma atinge cerca de 2% da população, e por não ter manifestações aparentes, pode levar à cegueira, caso não seja tratada.

O exame oftalmológico, por suas ligações com a clínica médica, a neurologia e outras especialidades, é um elemento importante para o diagnóstico e acompanhamento de diversas doenças.